No Le Jardin Selva, a exposição “Respiração da Terra”, individual de Denise Milan com curadoria de Marc Pottier, se desdobra entre esculturas e fotocolagens da série Mist of the Earth (2012), ocupando também a Art Library e algumas paredes da entrada. É um percurso onde mito, ciência e poesia se entrelaçam.
Inspirada por um tempo em que matéria e consciência eram uma, Denise — artista visionária, entre alquimista e xamã — investiga as pulsações invisíveis que sustentam a vida. Em sua prática, bronze, pedras, fósseis e cristais não são transformados, mas revelados, conduzidos por uma intuição luminosa. Muitas vezes, seus trabalhos visuais são acompanhados por versos, em uma linguagem que conecta o infinitamente pequeno ao infinitamente grande.
O ponto de partida é a instalação Olhar Mater, já integrada à entrada dos jardins, a partir da qual cinco novas esculturas se espalham por diferentes áreas externas. Esse trajeto amplia a narrativa inicial e conduz o visitante por uma jornada existencial, guiada pelos Estromatólitos — fósseis de cerca de 3,5 bilhões de anos, testemunhas dos primeiros organismos capazes de realizar fotossíntese oxigênica e responsáveis pelo surgimento do oxigênio na atmosfera. Seu nome, do grego antigo (strôma, “camada”, e líthos, “rocha”), designa rochas biossedimentares laminadas formadas por atividade microbiana desde o pré-cambriano.
“Respiração da Terra” convida a percorrer a memória mineral do planeta, em um encontro sensível com a energia vital que atravessa a matéria e nos habita.
Saiba mais em: @denisemilan
26 de Agosto a 20 de Fevereiro
24H
Le Jardin Selva - Rosewood São Paulo
Arte & Cultura
Deixe-se guiar pela identidade única de cada ambiente e aprecie os detalhes e a cultura presentes no hotel como uma galeria de arte.
Esculturas de Saint Clair Cemin se integram à paisagem como formas ambíguas entre o natural e o imaginado. Com curadoria de Marc Pottier, a mostra propõe um encontro sensível entre matéria, memória e poesia visual.
A Galeria Filomena apresenta a exposição "A Conversa Infinita", individual de Virgílio Neto com curadoria de Marc Pottier. Desenhos, pinturas e objetos compõem paisagens sensíveis, onde símbolos, palavras e formas constroem narrativas entre o íntimo e o coletivo. Uma mostra que propõe a arte como travessia — aberta à escuta, à memória e ao imaginário.
Monotipias de Rosângela Dorazio exploram a efemeridade da paisagem e o gesto como forma de escuta. Em residência na White Box, a artista transforma elementos naturais em poesia visual em tempo real.
